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Resiliência é importante, mas não pode ser confundida com teimosia

 

Nos últimos anos, têm pipocado pela internet listas das características profissionais mais valorizadas pelas empresas. Nesses rankings, um termo é recorrente: resiliência.

 

O mesmo vale para as dicas voltadas a quem deseja prosperar em seu próprio negócio. "O empreendedor de sucesso é o resiliente", dizem os especialistas.

 

A resiliência é, portanto, uma das palavras da moda no mundo corporativo. Apesar disso, o significado deste conceito é muitas vezes mal interpretado, e esta confusão pode trazer consequências negativas.

 

Vale a pena entendermos a origem da ideia, para que possamos pensar em como aplicá-la na vivência profissional. Resiliência é um conceito vindo da física, que diz respeito à propriedade que alguns materiais têm de voltarem a seu estado normal após serem tensionados.

 

Um exemplo comum nas aulas de física é o da vara de salto em altura, que se verga sem romper e volta à sua condição anterior, impulsionando o atleta para cima.

 

Posteriormente, a palavra foi adotada pela psicologia, e caracteriza a capacidade que cada indivíduo tem para lidar com problemas, pressões, situações adversas ou traumas, sem desestabilizar-se emocional ou psicologicamente.

 

É da psicologia que vem o conceito que se aplica ao mundo dos negócios. O profissional resiliente é aquele que suporta as pressões e mantém a calma, insistindo em seus objetivos até que o resultado aconteça. Por isso, o foco costuma estar justamente na persistência, ainda que as primeiras tentativas falhem.

 

É impossível negar que esta é uma característica importante para quem deseja crescer na carreira ou empreender com sucesso. Afinal, quase nunca conseguimos o que queremos logo no começo de nossas empreitadas. É necessário entender que uma semana ruim não significa o fim de uma carreira ou de um negócio.

 

Resiliência ou teimosia?

No entanto, como diferenciar a resiliência em tempos difíceis da teimosia diante de maus resultados? O que indica que estamos indo no caminho certo, e não repetindo os mesmos erros inúmeras vezes?

 

Uma das chaves para compreender a diferença entre a resiliência e a teimosia é a flexibilidade. O profissional resiliente é flexível, se adapta ao contexto e sabe modificar suas estratégias diante de resultados negativos, ainda que os objetivos não se alterem.

 

Já o teimoso, também conhecido como cabeça dura, insiste no mesmo tipo de atuação mesmo quando todas as evidências mostram que esse caminho não está dando certo. Profissionais teimosos costumam acreditar tanto no que estão fazendo que acham que o mundo é que deve se adaptar às suas ideias, e não o contrário.

 

É desnecessário dizer qual dos dois obtém melhores resultados em suas trajetórias.

 

O resiliente sabe ouvir críticas

Outro ponto importante aqui é a capacidade de aceitar críticas e feedback. Pessoas resilientes persistem em seus objetivos, mas sabem escutar os outros. É também a partir das sugestões de parceiros e colegas que elas procuram entender o que vem dando errado e o que deve ser mantido.

 

A resistência diante das dificuldades, aliada à capacidade de aceitar e considerar outras opiniões, é uma arma poderosa para qualquer profissional.

 

Por outro lado, aquele que insiste nas mesmas ideias e se fecha para o que os outros têm a dizer está fadado ao fracasso. Em muitas situações, é necessário enxergar o problema de diferentes ângulos para poder solucioná-lo. 

 

Por fim, cabe dizer que o resiliente é também um otimista. Apesar das dificuldades e adversidades, ele mantém o pensamento positivo e a confiança no trabalho dedicado e bem feito.