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A melhor idade no mercado de trabalho

 

“A sua mãe, a sua tia, a sua vizinha também pode fazer parte do Reclame Aqui. Nós estamos atrás de uma profissional, acima de 55 anos, que procura por uma recolocação e que o mercado talvez não esteja dando oportunidades de trabalho no momento”. Parece pegadinha, mas não é! Esse foi um anúncio publicado no Facebook pelo conhecido portal de reclamações, no ano de 2017. A vaga, que oferecia carteira assinada, vale transporte, vale refeição e plano de saúde, tinha como requisitos obrigatórios que a candidata tivesse mais de 55 anos e “gostasse de gente”.

 

O anúncio acende um debate e traz luz aos estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o envelhecimento acelerado da nação e a escassez do profissional jovem. De acordo com as pesquisas, daqui a 13 anos, o Brasil terá mais idosos do que jovens. A diferença ainda será pequena: 18% da população terá cabelos grisalhos, enquanto 17,6% terá até 14 anos de idade. Ainda segundo projeções do IBGE, até 2050, a quantidade de pessoas idosas vai triplicar no país, alcançando 66,5 milhões de brasileiros – quase 30% do todo. 

 

Hoje já é possível notar uma grande população de cabelos grisalhos, sendo que boa parte está disponível para o mercado de trabalho, aguardando apenas uma oportunidade. Muitos, no entanto, perderam espaço no mundo profissional por conta da crise econômica que angustia o país há alguns anos. Por efeito da crise, muitas companhias trocaram colaboradores experientes – e mais caros – por jovens com salários menores. Típico da cultura brasileira que prioriza o curto prazo. E neste caso, o barato tem saído caro.

 

Algumas empresas ganharam em economia, mas perderam em capital intelectual, pois neste cenário, os fios brancos traduzem mais do que anos de vida. Para a analista de recursos humanos Daniele Spolador os profissionais grisalhos têm mais inteligência emocional e experiência em relação a estratégia, porém perdem em aptidão para novas tecnologias e, em alguns casos, se apresentam mais resistentes a mudanças.

 

“Temos muito mais pontos positivos do que negativos em contratar profissionais mais velhos. Porém, o mercado de trabalho tem se mostrado cada dia mais dinâmico e, dessa forma, os profissionais precisam estar em constante aprimoramento, independente da idade”, Daniele.

 

Não à toa, empresas como o Reclame Aqui, Gol e Grupo Votorantim estão abrindo espaço para esse público. A companhia aérea Gol, por exemplo, criou o programa Experiência na Bagagem, que busca candidatos com mais de 50 anos para a área de atendimento ao cliente, com jornadas flexíveis de quatro e seis horas. Já o Grupo Votorantim incentiva o recrutamento de profissionais acima de 45 anos para trabalhar no centro de excelência em soluções compartilhadas, que presta serviços para todas as investidas de negócios do grupo. Atualmente, 14 profissionais de 45 a 67 anos atuam nas áreas de contabilidade, finanças e controladoria na unidade de Curitiba no Paraná.

 

Exemplos como esses ainda são pequenos se comparado ao tamanho do universo corporativo brasileiro. Enquanto no Brasil o nível de ocupação dos idosos em 2015 era de 26%, na Suécia a taxa de profissionais empregados com idade entre 55 e 64 anos era de 66%, conforme dados de pesquisa realizada pela consultoria PwC e a Fundação Getúlio Vargas. 

 

Dentro desse contexto, a empregabilidade de pessoas mais velhas se apresenta benéfica em vários sentidos. Traria uma significativa economia para a Previdência Social, melhora na qualidade de vida dessas pessoas e, especialmente um incremento de 18,2 bilhões no PIB.

 

Talvez todos esses argumentos justifiquem o termo “melhor idade”. 

Boa reputação atrai boas oportunidades

 

Como profissional do mercado, ao procurar uma oportunidade de trabalho certamente você pesquisa quais são as características da empresa, antes de encaminhar o seu currículo e participar do processo seletivo.

 

Portanto, o inverso é absolutamente verdadeiro. Cada vez mais as organizações se empenham em pesquisar previamente as características dos candidatos antes de dispenderem várias horas em dinâmicas e entrevistas para a escolha dos melhores perfis.

 

O que talvez você ainda não tenha se dado conta é que este processo de levantamento prévio de informações, realizado pelas empresas, está se tornando cada vez mais criterioso e aprofundado.

 

Até recentemente, as avaliações mais detalhadas eram feitas apenas para o preenchimento de elevados cargos de gestão, especialmente para presidentes, conselheiros, vice-presidentes, superintendentes e diretores.

 

Atualmente, até mesmo cargos operacionais como os de analistas, coordenadores, supervisores e auxiliares têm recebido atenção mais focada dos contratantes, especialmente quanto à sua credibilidade, valores éticos e probabilidade de manter em sigilo informações privilegiadas da empresa.

 

Consultorias especializadas são contratadas para detectar potenciais riscos oferecidos pelos candidatos, detectados a partir de criteriosa pesquisa sobre a vida pessoal e o passado profissional de cada um.

 

Isto gera um alerta para você e para os demais profissionais do mercado: cuide da sua reputação. Todos os passos em falso dados no sentido de um comportamento duvidoso ou de práticas condenáveis serão investigados e utilizados para depor contra a sua candidatura a um novo cargo ou emprego.

 

A exposição da sua vida pessoal e ideias compartilhadas nas redes sociais é o ponto de partida. Caso você defenda posturas de ódio, racistas ou totalitárias, certamente ficará retido neste filtro inicial. Mas a análise vai muito além disso.

 

As empresas especializadas levantam informações complementares sobre conflitos de interesses por suas associações com concorrentes e fornecedores, ações judiciais nas quais esteja envolvido, violações de leis e regras de mercado, aparições em entrevistas nas mídias, histórico profissional, ações trabalhistas, envolvimento em processos por fraldes e muito, muito mais.

 

Ao mesmo tempo que este procedimento expõe os maus profissionais, ele valoriza e beneficia os candidatos que além do conhecimento técnico, possuem valores e comportamentos éticos que estão de acordo com as melhores práticas de convivência social, baseada nos princípios da honestidade.

 

Por isso, é bom insistir mais uma vez: cuide da sua reputação porque ela pode garantir a você oportunidades de trabalho nas mais conceituadas organizações do mercado.

Dominar outro idioma traz o mundo até você

 

Recentemente, o Brasil foi palco de alguns dos maiores eventos esportivos do mundo: Copa das Confederações, Copa do Mundo de Futebol, Jogos Olímpicos, Jogos Paralímpicos, além de sediar regularmente uma etapa da corrida de Fórmula 1. Em todos eles o fluxo de turistas estrangeiros é enorme e favorece o encontro entre culturas, desde que o seu domínio de outras línguas permita esta interação.

 

Você sabia que o português está entre os dez idiomas mais falados no mundo? Ele ocupa a oitava colocação, com 250 milhões de falantes nativos da língua, incluindo o Brasil e países como Portugal, Angola, Moçambique entre outros.

 

O lado desfavorável desta curiosidade é que o português não é a língua oficial dos negócios, nem está entre as mais importantes. Sem dúvida alguma o inglês, que é falado por 730 milhões de habitantes de países que o utilizam como língua oficial, ocupa o primeiro lugar em importância internacional, apesar do mandarim ser utilizado por 1,3 bilhão de pessoas.

 

A conclusão imediata que se chega diante deste cenário é que o aprendizado de uma segunda língua, para os brasileiros, é mais do que uma alternativa. Tornou-se uma exigência do mercado. E o inglês deve ser a prioridade.

 

Talvez você esteja pensando: “mas eu trabalho em uma empresa nacional. Para que eu preciso falar outro idioma?”. Existem muitos motivos para isso, tanto profissionais, quanto pessoais.

 

Uma boa razão é que você não pode saber até quando ficará no seu emprego atual e, caso venha a sair, falar outros idiomas representará um diferencial muito grande no seu currículo. Uma pesquisa recente mostrou que, em média, o salário de um profissional com fluência na língua inglesa pode ser até 61% maior. A mesma situação para o espanhol pode representar aumento de 38% a 54% no salário.

 

Além disso, praticamente todos os manuais e apostilas de softwares e hardwares utilizados pela empresa são produzidos em inglês. Sendo fluente no idioma, você poderá absorver todas as informações rapidamente, sem necessidade de aguardar a ajuda de algum colega que possa explicar o significado das palavras e o sentido das frases.

 

Do ponto de vista pessoal, você também tem muito a ganhar estudando uma segunda língua. A primeira vantagem é poder se comunicar com o mundo diretamente, sem intermediários, quer seja pelas mídias sociais, ou pessoalmente durante as suas viagens ao exterior.

 

O seu cérebro é exercitado e torna sua memória mais efetiva, ampliando a proteção contra a incidência de algumas doenças, especialmente o Alzheimer, de acordo com pesquisas comprovadas pelo Centro Público de Luxemburgo.

 

A capacidade de concentração também melhora muito, conforme estudos da Universidade de Northwestern, nos EUA, que mostraram que “pessoas bilíngues têm a capacidade de se focar melhor em ambientes agitados e barulhentos, porque têm fortalecidas as áreas do cérebro que são usadas para perceber e diferenciar sons e ruídos”.

 

Você já deve ter percebido que não faltam razões para você dedicar uma parte da sua agenda para aprender novos idiomas ou aperfeiçoar os que você já fala. Você vai desfrutar de benefícios imediatos, como cantar uma música sabendo o que a letra quer dizer, e vantagens a médio prazo, com a ampliação da sua empregabilidade e, quem sabe, do seu salário.

 

Good Luck!

Suerte!

Bon courage!