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A chegada da Geração Z: como o mercado vai se adaptar?

 

O mercado de trabalho ainda se esforça para absorver os defeitos e qualidades da Geração Y (pessoas nascidas entre o início da década de 1980 e meados dos anos 90). No entanto, sua sucessora, a Geração Z, lança novos desafios para os departamentos de Recursos Humanos das empresas.

 

A Geração Z é composta por pessoas nascidas entre meados dos anos 90 e 2010. Como era de se esperar, ela apresenta características diferentes de seus "irmãos mais velhos".

 

De acordo com o livro "Gen Z Work", de David e Jonah Stillman, a Geração Z enxerga o trabalho como um meio para conseguir dinheiro e realizar seu propósito, enquanto a Geração Y trata o trabalho como o próprio propósito da vida.

 

Isso ajuda a entender as características desta nova geração e o impacto de sua chegada ao mercado. Se a Geração Y já era difícil de agradar, os "Z's" podem ser ainda mais exigentes, e esperam muito de seus empregos.

 

Esses jovens gostam que o trabalho ofereça oportunidades de apredizagem e experiências enriquecedoras. Para eles, a possibilidade de realizar treinamentos e a demanda por tarefas desafiadoras são altamente valorizadas.

 

Os pesadelos da Geração Z são ver suas capacidades sendo subaproveitadas ou realizar serviços pouco significativos. Eles costumam ter muita energia, entusiasmo e preparo técnico em suas áreas de atuação.

 

O alto nível de conhecimento com que chegam ao mercado pode ser explicado pelo convívio com a internet desde o berço. Se não sabem alguma coisa, logo descobrem. Pode ser essa a chave para entender a constante necessidade de aprender novas habilidades.

 

Impacto sobre as empresas
Por outro lado, a chegada da Geração Z ao mercado pode apresentar desafios ainda maiores, que envolvem a própria estrutura das empresas. Seus representantes têm dificuldade em aceitar figuras de autoridade, a não ser que sejam "conquistados" por elas. A noção de hierarquia faz pouco sentido para eles.

 

Por isso, cativar e manter os jovens talentos pode ser difícil para empresas com estruturas mais tradicionais, com departamentos e cargos muito bem definidos.

 

Soma-se a isso o fato de muitos deles não terem o sonho de trabalhar em uma grande corporação. Ainda de acordo com o livro "Gen Z Work", apenas 23% dos jovens formados em 2017 preferem trabalhar em grandes empresas. Entre os formados em 2015 e 2016, a taxa era de 31%, o que mostra a rápida transformação deste cenário.

 

Cada vez mais, trabalhar em pequenas empresas, startups, ou mesmo trilhar o caminho do empreendedorismo mostram-se opções mais tentadoras aos jovens do que enfrentar a mesmice do mundo corporativo.

 

 As empresas que quiserem usufruir do talento e dinamismo da Geração Z devem, portanto, adaptar-se às demandas que ela apresenta. E isso já se verifica no mercado. Muitas companhias têm flexibilizado ou mesmo abolido seus códigos de vestimenta, por exemplo.

 

Embora possa não parecer uma mudanção tão significativa do ponto de vista prático, o traje com que se trabalha tem um forte efeito simbólico sobre a percepção destes jovens em relação ao emprego.

 

Horários mais flexíveis também fazem mais sentido para pessoas acostumadas à constante conexão às redes. A jornada das 9h às 17h parece antiquada para muitos membros da nova geração.

 

Outra mudança que vem se tornando recorrente diz respeito à formalidade do ambiente de trabalho. Nas empresas mais modernas, baias e separadores têm dado lugar a espaços de trabalho coletivos, sem lugares fixos, com paredes coloridas e objetos lúdicos.

 

Algumas das chaves para tornar as empresas mais atrativas aos profissionais mais novos já estão sendo descobertas. Outras respostas terão de ser dadas pelos próprios membros da Geração Z, que ainda se esforçam para entenderem a si mesmos.

Gerações X, Y e Z: quem são?

 

 

Ao falar sobre as gerações X, Y ou Z, especialistas são cautelosos em afirmar qual é a melhor! Mas, entre eles, a unanimidade prevalece quando se trata de saber reconhecer suas potencialidades e claro, utilizá-las a seu favor.

 

Naturalmente, saber lidar com os diferentes perfis de colaboradores, seus anseios, conflitos e desenvolvê-los para que entreguem sempre os melhores resultados, não é tarefa das mais fáceis. Entretanto, as organizações podem ter excelentes resultados, se souberem gerir efetivamente as diferentes gerações; fazê-las trocar experiências; conhecer suas qualidades e competências; respeitar suas diferenças; e unir seus conhecimentos.

 

Por isso, dependendo do tipo de empresa, unir todas pode ser a aposta de sucesso, já em outras, pode-se optar por um modelo único, como ocorre nas startups, que são bom exemplo de setor corporativo que investe na geração Z.

 

 

Para compreender cada geração e aprender a gerenciar os possíveis conflitos, confira algumas dicas:

 

  • Entenda e reconheça os diferentes estilos de trabalho.
  • Incentive o diálogo, para unir experiência com a inovação e criatividade.
  • Valorize o melhor de cada geração, não privilegie nenhum dos lados.
  • Busque pontos comuns, reconhecendo os esforços, o comprometimento e os resultados.
  • Aprenda com as outras gerações, pois cada uma tem algo positivo para transmitir.