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Autossabotagem

 

Sem perceber, muitos profissionais, por medo dos riscos ou das responsabilidades, acabam perdendo oportunidades. Traduzidos como autossabotagem, esses comportamentos são características de pessoas que não conseguem acreditar que terão sucesso, pois se julgam não ser merecedoras ou subestimam a própria capacidade de lidar com a vitória. Essas pequenas atitudes vão minando o crescimento do profissional que, quando percebe, já está estagnado e desmotivado.

 

Boa parte dos profissionais mantém atitudes arraigadas que se apresentam das formas mais simples. Por exemplo, surge um convite para participar de uma reunião com a diretoria para apresentar uma ideia, mas, sem perceber, o colaborador acaba apresentando algum mal-estar e, por isso, deixa de participar. Com esse comportamento, ele acabou se sabotando, talvez, por medo de fracassar, ou mesmo pelo temor perante as responsabilidades futuras.

 

Naturalmente, as pessoas buscam a felicidade, mas muitas precisam de coragem para viver, o que significa correr riscos e assumir responsabilidades. Muitas vezes, os profissionais estão se autossabotando, justamente pelo fato de não reconhecerem suas potencialidades e, assim, perdem oportunidades.

 

Existem alguns caminhos para mudar e o primeiro passo é reconhecer esses pontos de mudança. Para isso, um processo de coaching pode ser incentivador. Há também dicas para autoavaliar-se e ir em busca do sucesso. Confira:

 

  • 1º passo – Identifique quais são os seus tipos de autossabotagem. Em geral, se apresentam em quatro atitudes: procrastinação, crenças limitantes, medo do fracasso e medo do sucesso.

 

  • 2º passo – Viva o presente e se esqueça do passado. Use os fatos anteriores como uma espécie de feedback, mas não se prenda a eles. Crie uma nova identidade baseada no seu momento atual.

 

  • 3º passo – Veja a situação de outra maneira. Mude a forma de ver os problemas; aposte em cursos, livros, palestras.

 

  • 4º passo – Trace uma estratégia e defina o objetivo para que possa construí-la. Em seguida, trace o plano de ação. É preciso ter um propósito que o inspire e faça entrar em ação.

 

  • 5º passo – Avalie os resultados. A partir desses passos, avalie as decisões que geraram boas ações e as que não foram tão boas. E, principalmente, não desanime e mantenha o esforço. 

Desvendando o coaching executivo

 

 

No Brasil, o coaching executivo, aos poucos, tem conquistado espaço nas companhias como parte da política de desenvolvimento de recursos humanos. O termo, que em inglês significa “treinamento ou instrução”, pode ser definido como um processo em que o profissional (coach), por meio de exercícios práticos, leva o cliente (chamado de coachee) a encontrar soluções para sua necessidade e desenvolver competências.

 

Em geral, as empresas optam por essa ferramenta para aprimorar ou desenvolver alguns pontos do funcionário, pensando em resultados de curto prazo. Foi assim com João Luís Thomazini, gerente comercial da Filial São Paulo da Santillana Brasil, que decidiu aceitar o desafio de participar do coaching, como forma de potencializar suas habilidades para assumir a nova função como gerente de uma divisão da empresa. “Eu já tinha ouvido falar, mas não tinha noção do que era e de como o coaching poderia ajudar a melhorar o potencial profissional e o pessoal. Durante o processo, desenvolvi muitas habilidades, entre elas, gerir pessoas, saber administrar melhor os problemas, e enxergar o caminho numa decisão importante”, afirma.

 

Mas, para que João conquistasse esses resultados, o alinhamento entre o RH, gestor, coach e coachee foi essencial para o êxito no processo. Isso porque, o início do coaching requer um diagnóstico da atual situação. Em seguida, deve-se ter a definição de expectativas e resultados esperados. Assim como revela Humberto Abrahão Jr., consultor e coach executivo, que conduziu o processo do João. “No primeiro encontro, definimos os resultados previstos e as expectativas de todas as partes – coach, coachee e Santillana. Após as seis primeiras sessões, nos reunimos novamente para acompanhar a evolução e, quando preciso, alinhar novas metas.”

 

A partir do alinhamento dos objetivos, acontecem 12 sessões, de aproximadamente uma hora e meia cada. Humberto faz outro alerta: “O processo é exclusivamente do coachee, e se não houver empenho dele para que se cumpram as etapas, o coaching não acontece”, enfatiza. Ainda de acordo com Humberto, profissionais sem vínculos com empresas podem investir no processo e, nesse caso, o alinhamento e os custos ficam restritos ao coach e o profissional.