As lições das empresas cinquentenárias e centenárias

 

 

 

 

No Brasil, a maior parte das empresas fecha em menos de cinco anos. A forte concorrência, a instabilidade econômica, a constante mudança do mercado… São muitos os motivos que dificultam a longevidade dos empreendimentos no país. 

 

Assim, o que os gestores das empresas mais jovens podem aprender com companhias que atingiram marcas importantes, como 50 ou 100 anos de história? 

 

No mês de outubro, a Editora Moderna completa meio século de idade. Além das merecidas comemorações, vamos também fazer o que temos feito de melhor nesses 50 anos: compartilhar o conhecimento que adquirimos. 

 

Fundada pelo professor Ricardo Feltre, a Moderna teve responsabilidade direta na formação de diversas gerações de leitores, ao oferecer livros didáticos, literatura infantojuvenil e materiais de apoio pedagógico modernos, atraentes e com foco na realidade dos alunos. 

 

Para chegar aos 50 em uma posição de destaque e com tamanha visibilidade no mercado editorial, a editora precisou justamente se manter moderna ao longo dos anos, adaptando-se às constantes transformações das necessidades educacionais do país, sempre com a missão de construir uma sociedade melhor por meio da educação. 

Evolução da marca da Moderna durante 50 anos.

 

É por isso que uma das principais lições que a história da Editora Moderna pode oferecer é a capacidade de se reinventar, sem nunca perder de vista a principal vocação da empresa. Quando há convicção a respeito da missão de uma companhia, é mais fácil ter firmeza no caminho, ainda que sejam necessários alguns ajustes de rota ao longo do tempo. 

 

Parte disso é a preservação da história. Para chegar longe, é preciso saber de onde veio. As empresas mais experientes sabem quais são suas origens e valorizam cada passo que as levaram aonde estão agora. 

 

Outra característica das empresas longevas, compartilhada por companhias como IBM, Siemens e Sicredi, que atuam há mais de 100 anos no Brasil, é a visão de longo prazo. Para perdurar em um negócio por muitas décadas, não basta planejar os próximos anos. É preciso pensar grande.

 

O compromisso com a comunidade é outro fator fundamental na prosperidade duradoura. Uma empresa cresce muito mais se o seu entorno se desenvolve junto dela. A responsabilidade social deve estar sempre presente, desde o início.

 

Por fim, é imprescindível estar atento às inovações, e saber diferenciá-las dos modismos. Ao longo dos anos, muitas tendências impressionam o mercado. Algumas delas são passageiras e não trazem nada de realmente novo. Outras, modificam a vida das pessoas para sempre. 

 

No fundo, o segredo para a longevidade empresarial é saber manter a modernidade sem esquecer o passado. Como a Editora Moderna vem fazendo há 50 anos. 

 

 

 

Uma boa imagem profissional pode te levar mais longe do que imagina

 

 

 

É verdade que o país está em crise e a economia não vai bem. No entanto, uma boa imagem pode te ajudar a cortar caminho para o sucesso na carreira, mesmo em um cenário negativo. 

 

Como o próprio termo indica, um bom começo é cuidar da aparência. Isso não significa ser uma pessoa bonita de acordo com os padrões sociais de beleza, nem se vestir com roupas caras. Trata-se de se apresentar com roupas limpas, bem passadas, adequadas ao seu corpo, o cabelo arrumado, as unhas limpas e cortadas. Coisas simples, mas que fazem uma grande diferença. 

 

É claro, porém, que a imagem profissional não se limita à aparência. O que falamos e a forma como o falamos também importa muito. A cordialidade e a boa educação são sempre bem-vindas em qualquer situação. 

 

Olhar nos olhos de nossos interlocutores com respeito, falar com firmeza, mas sem imposição, prezar por uma postura corporal assertiva. São muitos os aspectos que podem definir uma imagem profissional positiva. 

 

Vale lembrar que nada disso adianta se ninguém te percebe. Por isso, uma outra dica importante é expor-se aos olhares dos outros. Faça apresentações no trabalho, puxe conversa com os colegas, enfim, lembre-os de sua existência. 

 

Essa última dica pode ser mais dolorosa para os tímidos. No entanto, serve também como exercício para aos poucos perder a timidez e mostrar a todos uma boa imagem profissional. 

 

Afinal de contas, não basta ser um bom profissional. Também é preciso parecer um. 

Insistência irracional: quando parar de investir no que está dando errado

 

 

 

Considere o cenário: você alugou uma casa na praia para passar a virada do ano com a família. No caminho, a estrada está completamente congestionada, o motor do carro quebra, todos brigam e discutem e não há a menor perspectiva de chegar ao destino nas próximas horas. Ainda assim, você insiste com a ideia de passar o fim do ano na praia. Afinal, já gastou dinheiro com a reserva da casa.

 

Este fenômeno psicológico se chama insistência irracional. Trata-se da decisão de seguir investindo em determinado projeto em função dos custos perdidos com ele, mesmo diante de informações negativas a seu respeito. 

 

A ideia também se aplica ao estágio de conclusão de um empreendimento. Pessoas que já passaram da metade de um processo tendem a querer terminá-lo, ainda que tudo indique que os resultados não compensam o esforço. 

 

A insistência irracional está presente tanto em atividades triviais como uma viagem de férias quanto em decisões profissionais importantes. E suas consequências podem ser extremamente negativas.

 

Para entender, voltemos ao exemplo da virada do ano na praia. Ao insistir teimosamente em concretizar esse projeto, os custos não se limitam ao dinheiro que será investido no restante da viagem, mas há também o custo emocional de se seguir em uma experiência frustrante. E, talvez, o mais importante: o tempo gasto em algo que não está dando certo, e que poderia ser usado em ideias mais bem sucedidas. 

 

Em resumo: o custo perdido não pode ser recuperado. Mas é possível evitar novas perdas.

 

Na vida profissional, o tempo e o dinheiro gastos em projetos fadados ao fracasso podem ser determinantes para o futuro de uma organização —ou mesmo de uma carreira. 

 

Isso não quer dizer que devemos abandonar nossas ideias ao primeiro indício de um resultado negativo. Mas é importante nos atentarmos se estamos praticando a insistência irracional.

 

Uma boa forma de perceber isso é justamente racionalizar nossas decisões. Parece óbvio, mas nem sempre é.

 

Quando calculamos cuidadosamente os investimentos que teremos de fazer para concluir um projeto e procuramos auferir seus resultados com base em evidências reais, é muito mais fácil fugir dessa armadilha. 

 

Portanto, se você suspeitar que está insistindo irracionalmente em algo, reavalie suas ações e tome uma nova decisão se for preciso. 

Como lidar com as fake news sobre sua empresa

 

 

Muitas das maiores companhias do mundo já tiveram de lidar com boatos a respeito dos produtos e serviços que vendem. Minhocas nos hamburgueres e ratos nos refrigerantes estão entre as histórias que circulam por aí. 

 

Isso não é novidade nenhuma, mas com a internet a informação falsa viaja em uma velocidade incomparável. Quem nunca recebeu fake news pelo Whatsapp? 

 

Pode haver muitos interesses por trás dos boatos, mas uma explicação é mais simples: pessoas gostam de histórias e, quanto mais absurdas, mais atenção elas atraem. 

 

Se você trabalha na área de comunicação de uma empresa ou tem seu próprio negócio, é bem possível que um dia tenha de lidar com um boato sobre sua organização. 

 

Para gerenciar este tipo de crise, um bom primeiro passo é deixar os funcionários bem informados. Afinal, se os próprios colaboradores da empresa suspeitarem que a informação é verdadeira, por que os consumidores não suspeitariam? 

 

Por isso, é fundamental ter um canal de comunicação interna eficiente, onde a informação é transmitida com transparência e agilidade. 

 

Além disso, é preciso alimentar o público com informações verdadeiras, vindas de fontes confiáveis e com a maior rapidez possível. Dificilmente um boato se espalha se a empresa age rapidamente e com assertividade. 

 

Boatos se disseminam diante da inação das empresas. Cada minuto de silêncio pode ser mortal para a credibilidade da marca. 

 

É importante notar que muitas vezes as informações falsas são espalhadas em momentos de grandes movimentações nas empresas. É comum, por exemplo, que notícias de demissões em massa circulem pelos corredores das organizações. 

 

Nesses casos, nem sempre é possível esclarecer tudo rapidamente, pois muitas vezes são decisões estratégicas delicadas da direção da empresa. 

 

Para este tipo de situação, o RH e a direção devem estar muito bem alinhados, preparados para lidar com a insegurança dos colaboradores. 

Solucionar problemas ou maximizar oportunidades?

 

 

 

 

A capacidade de solucionar problemas complexos é uma característica que toda empresa busca em seus colaboradores. É também uma habilidade vista como fundamental para o profissional dos tempos atuais. 

 

Mas será que a resolução de problemas é o que gera resultados para a empresa? 

 

A verdade é que a solução de problemas pode levar uma organização de volta à rota certa, mas nem sempre é o que a leva aos melhores caminhos. Para esse caso, o foco, então, talvez deva ser outro: a maximização de oportunidades.

 

É pela geração de boas oportunidades que uma organização maximiza seus lucros, inova em seu mercado e mantém-se próspera. 

 

Já a resolução de problemas, por outro lado, é o que pode retirar os obstáculos para que os resultados sejam alcançados. 

 

Em suma, é mais importante saber identificar as coisas certas a serem feitas do que saber como fazê-las corretamente. 

 

Isso significa que a eficácia, mais do que a eficiência, é fundamental para o sucesso da empresa. É na geração de boas oportunidades que a maior parte dos recursos devem estar alocados.