Pessoas verdadeiras: como reconhecê-las?

 

Já dizia Friedrich Nietzsche: “É só dos sentidos que procede toda a autenticidade, toda a boa consciência, toda a evidência da verdade”. Em suas palavras, o filósofo alemão revela a importância de observar, não somente o que é dito, como também os gestos e as atitudes das pessoas. Levando a máxima para o ambiente corporativo, muitas vezes os recrutadores aplicam testes e lançam mão de um olhar mais apurado para selecionar um candidato.

 

Mas antes de ser um método de seleção, reconhecer a autenticidade das pessoas pode ser vantajoso em muitos aspectos. Isto é, ao observar como as pessoas realmente são e chegar mais próximo de suas verdades, é possível desvendá-las e conhecê-las, e, dessa forma, notar se sua personalidade está alinhada a uma necessidade específica. Evoluindo no tema, outro filósofo alemão também define a autenticidade. Para Theodor Adorno, a palavra pode ser empregada quando o desejo é reconduzir ao que é correto, ao que é verdadeiro.

 

Ao investir em algumas estratégias, portanto, é possível fazer com que as verdades se revelem, empregando mais atenção onde há menos vigilância, e, desta forma, descobrir se a pessoa é, de fato, a mesma por dentro e por fora. Ou seja, sua imagem reproduz, mais ou menos, o que ela é em seu íntimo. Isso porque, no ambiente de trabalho, alguns profissionais costumam fingir ser o que não são com o objetivo de agradar à equipe ou a seus superiores.

 

E para reconhecer pessoas verdadeiras, é possível recorrer a algumas ações:

 

  • Teste prático: a melhor maneira para observar o conhecimento de alguém é no momento em que for exigida a aplicação de determinada habilidade. Uma pessoa realmente conhece um assunto quando sabe praticá-lo.
  • Atenção aos detalhes: ao observar o comportamento das pessoas, dê mais atenção às pequenas histórias. A atenção nos detalhes, quando há menos vigilância, aponta com mais facilidade as diferenças entre autêntico e falso. Exemplo: notar a atitude de um profissional que não recolhe o lixo que deixou cair e que defende boas práticas como referência de educação e cidadania.
  • Lei do garçom: observar se a forma como uma pessoa age com seu superior é a mesma utilizada para tratar as pessoas de menos poder, assim, é possível notar aspectos ligados ao trabalho em equipe, à cooperação, à capacidade de mostrar empatia.

Internet no trabalho: use com moderação

 

Seja para pesquisar, responder a e-mails ou mesmo para descontrair, acessar a Internet já faz parte do dia a dia do ambiente corporativo. Entretanto, ainda há dúvidas quando o assunto é o uso da Internet no ambiente profissional. Fundamental para agilizar e facilitar as tarefas, se utilizada de forma errada, pode resultar na perda da produtividade.

 

Empresas atentas a essa realidade criam normas para sua utilização, chegando a restringir o uso em horários determinados ou mesmo a proibir o acesso a sites ou redes sociais. De fato, acessar a Internet é uma necessidade para muitos profissionais, que a utilizam em benefício para suas atividades. Porém, outros a usam para momentos de lazer, acabam desviando as atenções para assuntos alheios às suas obrigações com a organização e, assim, comprometem seus resultados.

 

O profissional deve, portanto, estar atento ao uso incorreto da Internet no ambiente corporativo, uma vez que pode sofrer sanções, chegando até à demissão. Mas para que isso não ocorra, vale seguir algumas dicas. Confira:

 

  • Caso seja necessário, reserve um momento do dia para acessar e-mail ou outros assuntos de interesse pessoal (redes sociais).
  • Mesmo que a empresa não restrinja o acesso, escutar rádios on-line ou ver vídeos no Youtube pode interferir na conexão, esteja atento.
  • Utilize a Internet para baixar conteúdos relacionados ao trabalho e deixe os de uso pessoal para acessar de casa.
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Se a empresa oferece acesso livre, use o benefício com bom senso, com cuidado para não visualizar conteúdos proibidos ou que comprometam o desempenho do computador.

Líder Amigo: Sonho ou Pesadelo?

 

Um ambiente de trabalho harmonioso é a busca de muitos profissionais, principalmente em se tratando do relacionamento entre líder e colaborador. No entanto, manter-se muito próximo pode trazer prejuízos para a companhia, bem como para o funcionário. Isso porque a amizade entre gestor e funcionário precisa ser baseada numa relação de maturidade, uma vez que cabe ao gestor definir claramente seus limites com a equipe.

 

Caso haja uma relação baseada em amizade, esses objetivos podem não ser cumpridos, porque, apesar da interação, a empresa continua sendo um ambiente onde a postura profissional deve prevalecer em todos os aspectos. Por vezes, por falta de experiência, muitos líderes acreditam que ter o colaborador como amigo pode ser o caminho para construir um relacionamento forte e positivo, mas acabam errando em não reconhecer as fragilidades da equipe e prejudicando sua carreira.

 

Em contrapartida, os líderes seguros são aqueles que conseguem desenvolver uma relação de amizade com sua equipe, sem afetar o seu papel na gestão dos resultados. Mas, para conquistar essa posição, o gestor precisa agir com transparência nas relações, para que a equipe perceba que pode contar com sua compreensão e empatia, mas também com a firmeza e os valores diante de atitudes que não estejam em conformidade com as expectativas da organização.

 

Nesse sentido, os profissionais comprometidos com sua evolução profissional reconhecem suas fraquezas e, apesar da relação de amizade estabelecida, buscam o feedback do gestor, para assim evoluir. Da mesma forma, um bom líder reconhece que possuir um elo com sua equipe garante profissionais mais satisfeitos e fieis à empresa, mas que, sobretudo, está comprometido com sua evolução profissional.

O que é job crafting?

 

Mais do que cumprir as tarefas definidas no escopo do trabalho, buscar sentido em cada atividade tem sido a meta de muitos profissionais. Isso porque com a intensa rotina e a falta de desafios, os colaboradores acabam estagnados e percebem que precisam encontrar nova razão para o seu trabalho. Graças ao conceito de job crafting, diversos profissionais estão revendo suas relações no trabalho e o significado de suas tarefas, em busca de realização e melhores resultados.

 

Ao investir no job crafting, os colaboradores acabam executando tarefas mais significativas e alinhadas com seus talentos e interesses. Colocar em prática esse conceito exige flexibilidade das companhias e dos colaboradores, mas algumas empresas têm investido e notaram que os funcionários conseguem aderir a alguns pontos que contribuem para a felicidade no ambiente corporativo, como paixão, valores e resultados.

 

Além dessas vantagens, os profissionais que investem no job crafting estão um passo à frente, uma vez que o mercado tem exigido cada vez mais pessoas versáteis e prontas para atuar em diversas posições. E, para começar, o colaborador precisa estar disposto a rever suas tarefas e, naturalmente, sair da zona de conforto. Para isso, deve observar alguns passos de como aplicar o conceito na prática e conquistar bons resultados.

 

1º passo - Autoconhecimento: reformule o jeito de enxergar o seu trabalho, desta forma, desbloqueará novas oportunidades de atuação.

2º passo – Elaboração de tarefas: identifique suas atividades e tarefas do dia a dia, e faça ajustes. No segundo momento, esteja atento ao seu relacionamento com as áreas, e procure mudar a perspectiva sobre a razão de cumprir determinada tarefa.

Freelancer: vantagens versus desafios

 

Há profissionais que preferem a estabilidade do emprego, outros, porém, percebem que atuar como freelancer pode ser o caminho para trilhar a carreira. Nem sempre encontrar esse caminho é fácil, mas, antes, torna-se uma necessidade para muitos profissionais que se veem levados pela instabilidade na economia. Diante desse cenário, empresas e colaboradores estão buscando essa nova realidade do mercado de trabalho para continuar a garantir seus projetos e, consequentemente, seus rendimentos.

 

Exemplo disso é aplicado na Santillana Brasil, que investe em freelancers como forma de suprir suas necessidades, sem deixar de garantir a qualidade, como revela Adriana Pedro de Almeida, editora executiva de Conteúdos Digitais da Richmond/Santillana Español: “Para a empresa, é positivo porque permite que tenhamos mais colaboradores e, por conseguinte, maior produção de livros. Essa situação não seria possível se contássemos apenas com o formato CLT”, enfatiza.

 

Mesmo apostando na flexibilidade de executar trabalhos em outras empresas, para se tornar um freelancer, o profissional deve ser comprometido com a qualidade do serviço oferecido; estar atento ao cumprimento de prazos; e apostar na disciplina como forma de garantir o sucesso. Isso porque, muitas vezes, motivado pela falta de vínculo profissional, acaba assumindo muitos projetos, o que pode resultar em prejuízos para ambos os lados, como alerta Adriana: “Por ser freelancer, o profissional realiza trabalho de várias editoras ao mesmo tempo. Por isso, é muito importante que seja ético e mantenha sigilo quanto à atividade realizada. Por exemplo, não convém que comente com uma editora concorrente sobre o produto com o qual está trabalhando e que será lançado no mercado em breve”, afirma.

 

Apesar da incerteza de seguir nesse caminho profissional, construir a carreira como freelancer pode ser vantajoso em muitos aspectos, como: fonte de renda ampliada; flexibilidade de horário; trabalho home office, o que favorece a mobilidade; fugir da rotina de escritório; além da oportunidade para tornar-se um empreendedor.

 

Para isso, o profissional precisa estar sempre atento, assim, garantindo clientes e, naturalmente, trabalhos. “Não costumo diferenciar um profissional freelancer de um CLT. Para mim, ambos devem ter formação acadêmica de qualidade, e o que diferencia um do outro é tão somente o vínculo de trabalho. Quando optamos por contratar um freelancer levamos em conta, principalmente, se ele tem disponibilidade para trabalhar por projetos. Em termos de currículo, procuro levar em consideração o bom conhecimento, além de outros atributos importantes, de acordo com o escopo de cada vaga”, encerra.