Fato recorrente no dia a dia das empresas, o namoro no ambiente corporativo não é mais tabu, mas o tema tem exigido cada vez mais atenção às regras e ao bom senso para não prejudicar a vida profissional. Graças à convivência diária, é natural despertar sentimentos, amizades e, inclusive, paixões, mas cabe aos profissionais saber conduzir a situação, pois a forma de lidar poderá ser decisiva para definir o futuro da relação ou mesmo da carreira.
Isso porque, em sua maioria, as empresas possuem códigos de ética que não proíbem, mas orientam quando o assunto é relacionamento amoroso, como revela a coordenadora de RH da Santillana Brasil, Renata Pires Alecrim. Em geral, na companhia, os relacionamentos são entre pessoas de áreas diferentes, mas caso sejam do mesmo departamento, há uma cláusula do código de ética e conduta que se chama “conflito de interesses” que trata do assunto. “Nunca tivemos qualquer problema com situações de falta de bom senso ou coisas do gênero. Os casais costumam ser discretos, separam bem o profissional do pessoal”, enfatiza.
Prova disso é o casal Elisangela Gonçalves Marques, analista de contas a pagar, e Herculano Lenhares Marques, analista de RH, que se conheceram na Santillana Brasil. Hoje estão casados e creditam a felicidade à empresa e aos colegas, por terem apoiado quando souberam. Para Herculano, o sucesso no relacionamento foi possível porque o casal esteve atento a alguns pontos: “Levamos em consideração que poderíamos nos expor por nossas atitudes, então, procuramos não confundir trabalho com lazer, não deixar o relacionamento atrapalhar o trabalho no dia a dia, conversávamos somente o necessário dentro da empresa, buscando sempre sermos discretos”, declara.
A coordenadora de RH faz um alerta sobre os envolvimentos. “Sempre orientamos que os envolvidos informem a seus gestores imediatos sobre o relacionamento, isso é bastante importante”. De acordo com Elisangela, no princípio, o casal teve medo de revelar, mas ao contar aos seus superiores, notaram apoio e compreensão. Para ela, mesmo se houvesse resistência por parte da companhia, o relacionamento aconteceria. “Podemos trabalhar em várias empresas, mas encontrar o amor dentro de uma delas, isso é destino”, encerra emocionada.