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Como serão os próximos 50 anos do mercado de materiais didáticos?

 

 

 

 

O fim da separação por disciplinas, mudanças no papel de professores e a consolidação da revolução digital são algumas das previsões de Ângelo Xavier, Diretor Geral de Educação da Moderna, para os próximos 50 anos no mercado de materiais didáticos. 

 

 

Para Xavier, os professores já exercem uma função muito diferente do que faziam há 50 anos. E a transformação tende a se intensificar. 

 

"Antes era ele quem transferia o conhecimento, e o material didático tinha a responsabilidade de apoiá-lo nessa missão. Hoje, o professor já nãé visto como aquele que detém a informação, mas como o mediador do conhecimento para uma geração que nasceu conectada à Internet e que aprendeu a estudar de uma nova forma”, afirma. 

 

No que diz respeito à separação das disciplinas, Xavier acredita que os conteúdos serão cada vez mais interdisciplinares e descentralizados. "Se o professor quiser falar sobre moléculas, o conteúdo estará disponível em um laboratório, um portal e até mesmo na forma de holograma do químico que desenvolveu um estudo pertinente ao tema – a influência da realidade virtual é uma certeza desde já.” 

 

Portanto, na opinião de Xavier, caberá ao material didático agregar os conteúdos de diferentes fontes, que hoje estão disponíveis com enorme facilidade de acesso. 

 

O diretor afirma ainda que a Editora Moderna precisa estreitar a relação com as famílias dos estudantes. 

 

"Tudo isso vai demandar da Editora ainda mais capacidade de pesquisa e curadoria de conteúdo. Ainda teremos um núcleo editorial sólido, mas é provável que busquemos em qualquer parte do mundo os especialistas que dominam determinado assunto para escrever sobre ele”, diz. 

 

Em relação aos métodos de produção, faz uma previsão arriscada: "Ouso dizer que não teremos mais livro de papel. E arriscaria dizer que o modelo de negócio de assinatura seria uma alternativa plausível para esse novo – e ainda desconhecido – mundo para o qual caminhamos.