Maristela Petrilli acompanhou a maior parte dos 50 anos de história da Editora Moderna. Mas ainda assim, sente que trabalhou em diversas empresas ao longo da carreira.
"Nesses 42 anos de Moderna, nunca me senti no mesmo lugar, tamanha a capacidade de renovação da empresa. Não há rotina. Cada original que cai nas minhas mãos é um outro começo”, conta a diretora editorial de Literatura, mais antiga colaboradora da Moderna.
Em 1976, Maristela chegou ao sobrado na Vila Mariana que então a editora ocupava, para trabalhar como revisora. Passou por diversos cargos, como preparadora e assistente editorial, até chegar à direção.
Desde então, acumulou inúmeros momentos marcantes na Moderna. Ressalta as Bienais de 1984, os lançamentos de autores como Mário Lago e Pedro Bloch e as conversas com José Saramago em um Congresso do Grupo Prisa.
“Foi emocionante quando o Saramago, que era a principal figura do almoço oferecido pela Santillana para algumas autoridades, se dirigiu à nossa mesa para conhecer a equipe de editoras e acabou comendo conosco. Falamos de Literatura, de Portugal e do Brasil”, recorda.
Lembra ainda dos lançamentos do escritor infantojuvenil Pedro Bandeira, autor de dezenas de títulos e referência brasileira no gênero.
Entre as passagens mais emocionantes de sua longa carreira na Moderna, Maristela recorda os versos que o autor Braguinha criou para ela: "Vai vai vai que a vida não tem BIS, agarra tua estrela, o que importa é ser feliz”.
Para o futuro, promete: a Moderna não perderá o foco da literatura infantojuvenil, mas sempre comprometida com a inovação.