Quando vemos discursos de grandes oradores, como Steve Jobs ou Martin Luther King, a primeira impressão que temos é que eles falam o que vem à cabeça, de improviso. As palavras saem tão naturalmente de suas bocas que só poderiam ser fruto de um dom e uma enorme inspiração, certo?
Errado. A naturalidade que os grandes apresentadores de ideias exibem ao falar em público esconde horas e horas de preparação e ensaio.
A frase do escritor americano Mark Twain resume bem a ideia: “Geralmente levo mais de três semanas para preparar um discurso de improviso”.
Isso não significa que a improvisação deva ser completamente desconsiderada como técnica para uma apresentação. Ela pode fazer parte de sua caixa de ferramentas, mas nunca como recurso único.
A chave para entender o improviso é que quanto melhor preparados estamos para uma apresentação, mais a intuição pode aparecer na hora de falar.
O ensaio e o domínio do assunto sobre o qual vamos falar dão a segurança necessária para que a inspiração dê sua contribuição.
Fazer uma apresentação sem nenhum planejamento, confiando cegamente em sua capacidade de improvisação pode ser um ótimo caminho para o fracasso, mesmo que você tenha ampla experiência com os microfones.
É claro que algumas práticas podem ampliar seu poder de improvisar. Assistir a discursos de grandes oradores é sempre bom, para aplicar algumas de suas técnicas, mantendo sempre seu próprio estilo.
Manter-se bem informado é essencial. Notícias costumam ser boas fontes para acrescentar um toque de humor ou comentários interessantes durante uma fala em público.
Acostume-se a ler muito. A literatura torna nosso raciocínio mais rápido e nos nutre de informações e cultura que podem voltar à tona quando falamos. Um bom repertório de cultura geral é uma arma poderosa nas mãos de um orador.
Por fim, é bom repetir. O mais importante é ter sua fala bem preparada, planejada e ensaiada. No momento certo, você se sentirá confortável para incluir detalhes que não havia pensado antes.
Só improvise se sentir confiante para fazê-lo.