Errar é humano. Mas administre o erro
Para que o desenvolvimento de qualquer pessoa e, consequentemente, de todas as empresas aconteça é preciso lidar com os erros como parte natural do processo.
Aprender ou evoluir nos conhecimentos pressupõe cometer enganos para entender como as coisas não devem ser feitas e quais os efeitos danosos que podem produzir.
As invenções, por exemplo, sempre são fruto de muitas tentativas e erros. De acordo com os registros, Thomas Alva Edison jogou fora mais de 100 experimentos errados antes de chegar à invenção da luz. Não fosse por ele você estaria lendo à luz de velas. Já pensou?
A grande questão é que, de um modo geral, dentro das empresas não existe uma forte cultura de assimilação dos erros com foco na evolução. Em algumas delas os equívocos são tratados de forma muito severa ou, ao contrário, de maneira branda demais.
Em um clima instável para lidar com as falhas, fica fácil entender porque parte das organizações estaciona ou evolui a passos lentos. Como consequência, se forma um grupo de funcionários que não quer arriscar seu emprego para tentar acertar fazendo algo fora do padrão.
De qualquer forma, para a saúde de qualquer organização, as tentativas não podem significar um “vale-tudo”, porque as consequências negativas representam prejuízos, tanto para a imagem, quanto para o caixa. É preciso ter cuidado e implementar uma cultura que estimule as tentativas com responsabilidade.
Para facilitar este processo, o modelo utilizado por Scher Soares, especialista em mudanças de comportamentos, traz uma reflexão bem interessante e simples de ser colocada em prática, com o objetivo de estimular a criatividade sem comprometer a imagem ou a rentabilidade da empresa.
São três perguntas simples que devem ser feitas antes ou depois de uma ação errada acontecer:
1. É previsível: havia possibilidade de prever antecipadamente que o erro aconteceria? Era fácil saber disso?
2. É recorrente: já aconteceu antes um erro semelhante? Ele acontece com frequência?
3. Traz consequências: qual o tamanho do impacto provocado por este erro? São graves os desdobramentos?
Ao responder a estas perguntas antes de realizar qualquer nova atividade, será possível minimizar a ocorrência de erros e administrar os eventuais resultados negativos posteriores.
Ao buscar as respostas para estes questionamentos depois de realizada uma ação sem sucesso, reações mais ponderadas ocorrem sem desencorajar as futuras tentativas de inovações e, ao mesmo tempo, sem conivência com os erros cometidos por irresponsabilidade.