Há profissionais que preferem a estabilidade do emprego, outros, porém, percebem que atuar como freelancer pode ser o caminho para trilhar a carreira. Nem sempre encontrar esse caminho é fácil, mas, antes, torna-se uma necessidade para muitos profissionais que se veem levados pela instabilidade na economia. Diante desse cenário, empresas e colaboradores estão buscando essa nova realidade do mercado de trabalho para continuar a garantir seus projetos e, consequentemente, seus rendimentos.
Exemplo disso é aplicado na Santillana Brasil, que investe em freelancers como forma de suprir suas necessidades, sem deixar de garantir a qualidade, como revela Adriana Pedro de Almeida, editora executiva de Conteúdos Digitais da Richmond/Santillana Español: “Para a empresa, é positivo porque permite que tenhamos mais colaboradores e, por conseguinte, maior produção de livros. Essa situação não seria possível se contássemos apenas com o formato CLT”, enfatiza.
Mesmo apostando na flexibilidade de executar trabalhos em outras empresas, para se tornar um freelancer, o profissional deve ser comprometido com a qualidade do serviço oferecido; estar atento ao cumprimento de prazos; e apostar na disciplina como forma de garantir o sucesso. Isso porque, muitas vezes, motivado pela falta de vínculo profissional, acaba assumindo muitos projetos, o que pode resultar em prejuízos para ambos os lados, como alerta Adriana: “Por ser freelancer, o profissional realiza trabalho de várias editoras ao mesmo tempo. Por isso, é muito importante que seja ético e mantenha sigilo quanto à atividade realizada. Por exemplo, não convém que comente com uma editora concorrente sobre o produto com o qual está trabalhando e que será lançado no mercado em breve”, afirma.
Apesar da incerteza de seguir nesse caminho profissional, construir a carreira como freelancer pode ser vantajoso em muitos aspectos, como: fonte de renda ampliada; flexibilidade de horário; trabalho home office, o que favorece a mobilidade; fugir da rotina de escritório; além da oportunidade para tornar-se um empreendedor.
Para isso, o profissional precisa estar sempre atento, assim, garantindo clientes e, naturalmente, trabalhos. “Não costumo diferenciar um profissional freelancer de um CLT. Para mim, ambos devem ter formação acadêmica de qualidade, e o que diferencia um do outro é tão somente o vínculo de trabalho. Quando optamos por contratar um freelancer levamos em conta, principalmente, se ele tem disponibilidade para trabalhar por projetos. Em termos de currículo, procuro levar em consideração o bom conhecimento, além de outros atributos importantes, de acordo com o escopo de cada vaga”, encerra.